Triplo homicídio. O bairro dos invisíveis, no coração de Lisboa


Descendo da Praça Paiva Couceiro, na freguesia de Penha de França, em direção ao Tejo pela Avenida Mouzinho de Albuquerque, está à direita uma espécie de fim da cidade de Lisboa, que gerações transatas apelidaram de Vale Escuro, hoje em dia mais conhecido por Vale de Santo António, que é padroeiro de Lisboa, mas aqui de nada parece valer para um longo processo administrativo que se arrasta de impasse em impasse entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo . Mais parece uma maldição de Santa Engrácia por ter deixado de dar nome à freguesia, hoje São Vicente, não muito distante dali. Antes fosse, sempre se podia orar. O que está em causa é só a operação urbanística de maior amplitude em Lisboa desde a reabilitação da zona oriental da cidade, à bolina da Expo’98, cujo tecido edificado reluz lá ao fundo, antes do horizonte se rasgar na ponte Vasco da Gama.

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