Um memorando do Departamento de Serviços de Estado (DSS) que ordena oficialmente a prisão de Omoyele Sowore, após seu retorno à Nigéria, vazou.
O memorando, assinado por um funcionário do DSS, Adeola D. Ali, sob a orientação do recém-nomeado Diretor Geral do DSS, Adeola Ajayi, cita o envolvimento de Sowore nos recentes protestos de 10 dias #EndBadGovernance.
Os protestos, que pediam reformas generalizadas e o fim da má governança, foram recebidos com reação negativa por parte das agências de segurança.
Sowore, fundador do site de notícias Sahara Reporters, disputou a cadeira presidencial nas eleições gerais de 2019 e 2023.
O memorando recém-divulgado confirma a diretriz e oferece mais informações sobre o nível de vigilância empregado pela polícia secreta nigeriana.
O memorando, marcado como “DSE: 94/6203 X AÇÃO DA LISTA DE OBSERVAÇÃO”, descreve o plano para a detenção de Sowore e inclui instruções para a segurança do aeroporto.
Ele afirma: “O DGSS aprovou a elevação do WLA ‘B’ (Relatar chegada e destino por telefone imediatamente) para WLA ‘F’ (Deter viajante e escoltar com bagagem até o NHSS) contra Omoyele Sowore, um ativista/fundador da Sahara Reporters Inc., uma agência de notícias online.”
O memorando do DSS pede explicitamente a detenção imediata de Sowore e o confisco de sua bagagem após sua chegada à Nigéria.
O momento da diretiva coincide com o aumento das tensões entre ativistas e o governo, à medida que os apelos por uma melhor governança e pelo fim da brutalidade policial continuam a crescer.
Esta última ação do DSS faz parte de uma repressão contínua a ativistas, jornalistas e vozes da oposição na Nigéria.
Nos últimos meses, o governo nigeriano tem enfrentado críticas por sua abordagem severa à dissidência, com vários ativistas de alto nível, incluindo Sowore, se tornando alvos da repressão estatal.
Sowore, que já foi preso e detido pelo DSS por seu envolvimento no movimento #RevolutionNow, continuou a usar sua plataforma, SaharaReporters, para expor a corrupção e exigir responsabilização dos líderes nigerianos.
Crédito: Politics Nigeria
