As informações de inteligência recolhidas ao longo dos anos por Israel sobre o Hezbollah, especialmente no contexto do envolvimento do grupo terrorista na guerra civil síria, permitiram os recentes ataques de Israel ao Hezbollah, culminando na eliminação na sexta-feira do chefe do grupo terrorista, Hassan Nasrallah, de acordo com um relatório. Segunda-feira Tempos Financeiros relatório.
O relatório observou, citando funcionários actuais e antigos, que desde 2006 e a Segunda Guerra do Líbano, a qualidade e a extensão da inteligência que Israel conseguiu reunir sobre o grupo terrorista mudaram significativamente.
A guerra civil na Síria, na qual o Hezbollah apoiou o regime de Assad, foi uma oportunidade para Israel recolher informações de inteligência sobre o grupo terrorista.
De acordo com o relatório, ao mesmo tempo que o Hezbollah aumentava o seu alcance na Síria, também expandia a abertura através da qual Israel se podia infiltrar.
O Hezbollah ‘teve que se revelar na Síria’
Na Síria, o grupo terrorista teve de recrutar novos recrutas e comunicar com outras entidades, como o regime de Assad e a inteligência russa. Além disso, os obituários e funerais dos terroristas do Hezbollah forneceram ainda informações sobre os terroristas, o seu paradeiro e o de funcionários mais graduados.
Um ex-político libanês foi citado como tendo dito pelo Tempos Financeiros que os terroristas “tiveram que se revelar na Síria”.
Informações tão extensas foram posteriormente combinadas com várias capacidades tecnológicas israelenses.Uma das quais foi citada no relatório foi a Unidade 9900 das IDF na Diretoria de Inteligência, que vasculha diversas informações visuais em busca de pequenas mudanças que apontem para uma pista.
Isto permitiu a Israel, segundo o relatório, localizar Nasrallah em breves intervalos, eliminando-o em última instância.