O filme de 2022 mostra o casal desavisado se submetendo à crueldade sádica de seus novos “amigos” até o final, enquanto “Speak No Evil” de 2024 mostra o casal resistindo. “Na minha mente, particularmente com esses personagens americanos, eu senti que uma vez que tudo estava lá fora e não era mais sobre polidez — quando você é confrontado com uma arma — eu senti que esses personagens, Ben e Louise, eles tinham que pelo menos tentar fazer alguma coisa”, diz Watkins. “Correr, se esconder, fazer o que for. Eu pensei que essa era uma mentalidade americana.”
Watkins está certo. A triste realidade é que, dada a constante ameaça de violência armada na América, muitos de nós desenvolvemos uma prática subconsciente de avaliação de risco com cada nova pessoa que conhecemos. “Quando confrontados com perigo mortal e seu filho, eu queria isso, mas também, eu queria dizer, tematicamente, uma coisa diferente, que é, há uma sociedade educada e esse tema, mas o inverso da sociedade educada é que nenhum de nós realmente está acostumado à violência”, ele elaborou. Ele está certo novamente. Podemos estar cientes da constante ameaça de violência, mas até que isso aconteça conosco diretamente, podemos realmente estar preparados? Ele questiona: “Em nosso mundo civilizado, quando somos confrontados com a violência, como reagimos?”
Esse processo de pensamento permite que “Speak No Evil” se torne não apenas um thriller de terror de sucesso, mas também um exercício de pensamento para o público em casa. Você ignoraria bandeiras vermelhas por uma questão de educação? Uma arma será o que o fará reconhecer a gravidade de uma situação? Por mais que nós, na plateia, pensemos que sabemos o que faríamos em uma situação semelhante, até que estejamos na verdade lá, não há como prever como responderemos.
Falamos sobre “Speak No Evil” no episódio de hoje do podcast /Film Daily, que traz minhas entrevistas completas com Watkins e McAvoy:
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