O Tribunal Superior de Quebec autorizou uma ação coletiva envolvendo trabalhadores estrangeiros temporários que estão processando o governo federal por autorizações de trabalho que os vinculam a um empregador.
O processo foi aberto em 2023 pela Associação pelos Direitos dos Trabalhadores Domésticos e Agrícolas, sediada em Montreal, e alega que autorizações de trabalho fechadas violam a Carta Canadense de Direitos e Liberdades.
Na sexta-feira, a juíza da Corte Superior de Quebec, Silvana Conte, autorizou o processo, que envolve qualquer cidadão estrangeiro que tenha recebido uma autorização de trabalho após 17 de abril de 1982 e que esteja vinculada a um empregador específico.
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A ação busca indenização para os membros e uma declaração de que seções do Regulamento de Imigração e Proteção de Refugiados são inconstitucionais.
O autor principal do caso é um trabalhador rural da Guatemala que alega abusos enquanto trabalhava sob uma licença fechada.
Se trabalhadores com autorização fechada forem demitidos, eles podem ser deportados do Canadá, uma regra que, segundo os críticos, incentiva o abuso por parte dos empregadores.
O governo federal terá 30 dias para decidir se apelará da decisão.
Em setembro passado, o Relator Especial das Nações Unidas descreveu o programa de trabalhadores estrangeiros temporários do Canadá como um “terreno fértil para formas contemporâneas de escravidão”.
&cópia 2024 A Imprensa Canadense