O ex-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, Lord David Cameron, disse à BBC na terça-feira que planejava sancionar o ministro israelense Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir.
Cameron serviu como primeiro-ministro do Reino Unido de 2010 a 2016 e depois como ministro das Relações Exteriores de 2023 a 2024.
Ele disse ao programa Today da BBC que antes das eleições de 2024, planejava sancionar Smotrich e Ben-Gvir.
Ele chamou ambos de extremistas e disse acreditar que as sanções enviariam uma boa mensagem ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Ele também esclareceu que via as sanções como uma alternativa a um embargo de armas, o que teria sido inconsistente com a política do Reino Unido de apoiar Israel contra o Irão e teria permitido ao Reino Unido criticar como amigo e aliado.
Cameron destacou que as sanções foram planeadas devido às declarações feitas por Smotrich e Ben-Gvir encorajando as pessoas a bloquear a entrada de ajuda em Gaza e a violência dos colonos.
Quando questionado por que as sanções nunca foram decretadas, Cameron disse que foi avisado de que teria sido “um ato político demais” durante as eleições.
Fontes próximas ao governo do Reino Unido disseram à BBC que o plano de Cameron de impor uma proibição de viagens e congelamento de bens aos ministros estava avançado e pronto para ser implementado. As sanções do Reino Unido exigem um caso detalhado e jurídico, que leva tempo para ser compilado.
Outras fontes disseram à BBC que havia preocupação de que as sanções do Reino Unido contra a dupla fossem usadas como “uma medalha de honra”.
Um funcionário público disse à BBC que impor sanções à Rússia era difícil porque o Ministério das Relações Exteriores estava sobrecarregado na sua preparação.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, confirmou que o seu governo estava a preparar-se para impor sanções tanto a Smotrich como a Ben-Gvir.
