Chanceler da Alemanha promete impulsionar investimentos e atrair trabalhadores qualificados ao país


O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, prometeu nesta terça-feira impulsionar os investimentos, atrair trabalhadores qualificados ao país e reduzir a burocracia para reavivar o crescimento da maior economia da Europa, que está em vias de se contrair pelo segundo ano consecutivo.

Culpando a inflação, as altas taxas de juros e os conflitos geopolíticos, Scholz também criticou a União Europeia, afirmando que a burocracia está impedindo os investimentos e instou Bruxelas a tomar medidas drásticas.

“Juntos, temos que sair dessa situação ruim em que números ruins levam a um sentimento ruim — e um sentimento ruim leva a números ainda piores”, disse Scholz em uma conferência da associação de empregadores BDA.

“Precisamos de mais crescimento. O bolo tem que aumentar novamente”, disse ele, acrescentando que sua iniciativa de crescimento planejada visa reduzir a burocracia, oferecer incentivos para investimentos e garantir que a energia fosse acessível e sustentável.

Ele enfatizou a importância de trazer mais trabalhadores qualificados para o mercado de trabalho, inclusive do exterior, e criar mais flexibilidade com relação às horas de trabalho e à idade de aposentadoria.

No início deste mês, o Ministério da Economia cortou sua previsão econômica, dizendo que espera uma contração de 0,2% este ano, em comparação com uma projeção anterior de crescimento de 0,3%, ressaltando a posição da Alemanha como retardatária entre as principais economias do Grupo dos Sete.

A economia voltada para a exportação está tendo que se ajustar depois de se beneficiar durante décadas da energia barata da Rússia para a indústria. A Alemanha se desfez disso desde a invasão em grande escala da Ucrânia por Moscou e está se voltando para alternativas.

Scholz também disse que o governo, composto por seu Partido Social-Democrata, pelos verdes e pelos democratas livres pró-negócios, tem como objetivo fortalecer a Alemanha como um centro financeiro e que é crucial para a Comissão Europeia concluir a união do mercado de capitais.

Com relação à burocracia da UE, ele disse que Bruxelas está certa em garantir a aplicação de regras comuns no mercado interno.

“Mas algumas coisas que surgiram fazem você se perguntar”, disse ele, citando as condições de sustentabilidade estabelecidas pela Comissão Europeia, acrescentando que Bruxelas precisava “finalmente reduzir a burocracia em grande escala”.



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