O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou e registrou alta de 0,72% em agosto, após avançar 0,45% no mês anterior, em resultado bem acima do esperado por analistas, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 4,26%.
A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de uma desaceleração para uma alta de 0,35% na base mensal.
“O reajuste dos combustíveis autorizado pela Petrobras em 09/07 foi integralmente refletido no IGP-10, impactando tanto o IPA quanto o IPC, com a gasolina emergindo como a principal influência em ambos os índices”, disse André Braz, economista do FGV IBRE.
No início de julho, a Petrobras anunciou a elevação em cerca de 7% do preço médio de venda da gasolina às distribuidoras, no primeiro ajuste no combustível fóssil em oito meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,84% em agosto, depois de subir 0,49% no mês anterior.
No IPA, o subgrupo de combustíveis para o consumo registrou alta de 6,56% na base mensal em agosto, após subir 0,73% em julho.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,33% no mês, depois de subir 0,24% em julho.
No IPC, houve alta em cinco das oito classes que compõem o índice: Transportes (0,28% para 1,52%), Educação, Leitura e Recreação (0,67% para 1,88%), Habitação (0,14% para 0,31%), Despesas Diversas (0,95% para 1,34%) e Comunicação (0,08% para 0,30%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,59% em agosto, depois de uma alta de 0,54% em julho.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.