A candidata democrata à Presidência, Kamala Harris, disse nesta segunda-feira que a U.S. Steel deve permanecer em mãos nacionais, ao fazer sua campanha direcionada para eleitores da classe trabalhadora na Pensilvânia durante um comício com o presidente norte-americano, Joe Biden.
O comício do Dia do Trabalho marcou a primeira aparição dos dois juntos na campanha desde que Kamala substituiu Biden na cabeça da chapa democrata em julho, e o presidente apresentou a vice-presidente a uma multidão de mais de 600 pessoas em um salão sindical.
“A U.S. Steel é uma empresa norte-americana histórica, e é vital para nossa nação manter empresas siderúrgicas americanas fortes”, disse Kamala no comício.
“A U.S. Steel deve continuar sendo de propriedade e operada por americanos”, acrescentou.
O feriado do Dia do Trabalho nos EUA marca o início da corrida vital pós-verão para a eleição de 5 de novembro. Espera-se que tanto Kamala quanto seu rival republicano, o ex-presidente Donald Trump, aumentem a aproximação com os eleitores, especialmente em Estados que podem ser decisivos, como Pensilvânia, Georgia, Michigan e Nevada.
Trump não fez campanha nesta segunda-feira, enquanto Kamala realizou eventos em Detroit e Pittsburgh, onde usou seus comentários para enfatizar o apoio aos trabalhadores do setor metalúrgico.
A posição de Kamala sobre a U.S. Steel Corp reflete a de Biden, que disse em março que a empresa, que concordou em ser comprada pela Nippon Steel do Japão por 14,9 bilhões de dólares, precisa continuar sendo uma empresa norte-americana de capital nacional.
Em fevereiro, Trump havia sinalizado que agiria para bloquear o acordo, uma possível fusão que despertou a ansiedade de alguns trabalhadores sindicalizados, um importante bloco eleitoral na Pensilvânia e em outros Estados do chamado “Cinturão da Ferrugem” que provavelmente determinarão os resultados da eleição. No mês passado, Trump disse que suspenderia o acordo.
A U.S. Steel disse no domingo que está comprometida com o acordo com a Nippon Steel, que chama de “melhor acordo para eles (funcionários) e para as comunidades em que vivem”.