Há um elefante na sala. Mas há também um morto no quarto. Pelo menos, no mundo do dramaturgo romeno Eugène Ionesco, um dos grandes mestres do chamado teatro do absurdo. Não se pense, no entanto, que se trata de um quarto qualquer. Porque Amédée e Madeleine cederam o seu próprio quarto ao morto, permitindo-lhe que “viva” a sua morte no maior conforto possível. Só que o cadáver parece não lhes perdoar ter sido assassinado pelo casal e, num claro gesto de ingratidão, começou a fazer germinar cogumelos à sua volta e – para desconsolo dos dois vivos – começa a expandir a sua acção para a sala de estar.
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