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O maior perdedor no primeiro (e provavelmente único) debate presidencial entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump foi a ABC News, que sediou o confronto. Os moderadores, David Muir e Linsey Davis, envergonharam a si mesmos e à sua rede, entre outras coisas, checando fatos de Trump em tempo real em mais de uma ocasião — às vezes incorretamente — enquanto permitiam que Harris dissesse mentiras e distorções em série.
As mídias sociais explodiram no início do debate, com comentaristas da direita, em particular, chamando o confronto de terça-feira à noite de o pior e mais unilateral debate da história.
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Algumas das mentiras que Harris poderia (e deveria) ter verificado:
1. Falar sobre o Projeto 2025 como se fosse o manifesto de Trump e dizer que ele aprovará uma proibição nacional do aborto
2. Desenterrar o comentário de Trump em Charlottesville – de que havia “pessoas muito boas em ambos os lados” – que foi desmascarado
3. Dizer que Trump supervisionou o pior desemprego desde a Grande Depressão, que foi causado pela pandemia
4. Dizer que Donald Trump se opôs à fertilização in vitro
5. Negar que Kamala Harris tenha pedido o confisco de armas (há vídeos dela fazendo exatamente isso)
6. Dizer que os cortes de impostos de Trump só ajudaram os ricos
7. E minha bête noir especial – dizer que ela e Biden “criaram” 800.000 empregos na indústria, o que simplesmente não é verdade.
Houve outros. Harris mentiu sobre seu histórico e sobre o de Trump e não foi desafiada em nada disso.
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Talvez isso fosse inevitável; a mídia liberal está em pânico total agora que a lua de mel de Harris parece ter acabado e Trump empatou e, em algumas pesquisas, voltou à liderança.
O esforço patético de Harris para evitar se comprometer com quaisquer políticas enquanto estava na campanha falhou; sua recusa em dar entrevistas solo e coletivas de imprensa deixou os eleitores americanos no escuro. Consequentemente, o debate foi importante. As pessoas querem saber onde ela está. Infelizmente, como ela desviou da maioria das perguntas e não desenvolveu as pouquíssimas políticas que ofereceu, elas ainda têm muito pouca ideia de suas opiniões.
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Esse deveria ter sido o trabalho dos moderadores, mas eles se recusaram a fazê-lo. Em vez disso, eles permitiram que ela tagarelasse com platitudes semelhantes às de Biden. Mais uma vez, um candidato amargamente partidário está prometendo unir o país. Lembra-se disso?
Os moderadores perguntaram a Harris logo no início se as pessoas estavam em melhor situação sob o governo Biden-Harris do que sob o governo Trump e, em vez de citar áreas de progresso (talvez porque não haja nenhuma), ela começou a descrever sua “economia de oportunidades”. Isso denota seu “plano”, que ela apregoava com frequência e que aparentemente se baseia em dar às pessoas dinheiro para comprar uma casa, dar às pessoas dinheiro para começar um negócio e dar às pessoas dinheiro para ajudá-las a criar os filhos.
Como os contribuintes pagarão por todas essas “oportunidades” não foi dito. Isso é, claro, muito Bidenesco — prometer dinheiro a grupos de eleitores importantes, como jovens que se afastaram dos democratas e pequenos empresários, que historicamente se alinharam atrás de Trump.
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Trump, por outro lado, falhou em processar seu caso. Enquanto Harris parecia superpreparada e praticada, com gestos prontos e maneirismos estudados, Trump estava claramente despreparado. É frustrante para seus apoiadores, porque ele tem os fatos do seu lado. Ele realmente construiu uma economia forte, mas a viu ser destruída pela COVID. Ele realmente deixou o mundo em paz e negociou novas alianças significativas entre os países do Oriente Médio. Ele realmente rebaixou a capacidade do Irã de travar guerras por procuração por meio de sanções e restringiu o domínio energético da Rússia ao cancelar o Gasoduto Nordstream 2. E ele alertou o mundo sobre as intenções desonestas e a violação de regras da China; nenhum de seus antecessores tentou controlar Pequim.
Mas em vez de argumentar energicamente sobre seus sucessos, ele divagou. E esqueceu de sorrir.
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Em vez de desafiar Harris paciente e sistematicamente com evidências de que seu governo havia ajudado mais a classe média do que o dela, Trump voltou ao normal, alegando mais uma vez que ele realmente venceu a eleição de 2020.
Isso foi um erro, e a imprensa liberal estava, sem dúvida, pulando de alegria. Seus comentários darão nova vida aos avisos de Biden e Harris sobre Trump ser uma ameaça à democracia, um ponto de discussão que tinha praticamente desaparecido do discurso político nos últimos meses.
Ele repetidamente criticou Harris por sua falha em conter a imigração ilegal, mas falhou em especificar os danos causados pelo fluxo de migrantes para nossas cidades, negligenciou falar sobre o enorme número de pessoas mortas por fentanil por causa de nossa fronteira aberta ou as 320.000 crianças que a Casa Branca perdeu o controle. Isso foi fruto fácil, e uma oportunidade perdida.
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Ele também mordeu a isca mais de uma vez. Quando Harris criticou duramente seus comícios, dizendo que as pessoas ficavam entediadas e saíam, ele não conseguiu resistir a cair na discussão sobre o tamanho da multidão… de novo.
Trump conseguiu fazer alguns bons pontos, observando, por exemplo, que apesar das críticas sobre sua política tarifária, a Casa Branca Biden-Harris deixou intactas suas taxas sobre importações da Chinaporque eram eficazes. Ele também rejeitou os empregos supostamente “criados” pela atual Casa Branca, chamando-os de empregos “bounce-back”. Ele está certo.
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Seu momento mais efetivo da noite foi perguntar, em sua declaração final, por que ela não tinha avançado com sua “economia de oportunidade” e seus outros planos durante os últimos três anos e meio? Por que ela não tinha consertado a fronteira ou criado mais empregos?
Essa é a pergunta que os moderadores deveriam ter feito.
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