Podia ser o ano de Henry James nas salas de cinema portuguesas: na semana que vem, chega Mãos no Fogode Margarida Gil, que adapta livremente O Calafrio; há poucos meses tivemos A Bestade Bertrand Bonello, versão livre de Para Fera na Selva (1903). Esta semana, estreia-se (finalmente!) Para Fera na Selvaterceira ficção longa do austríaco Patric Chiha (Viena, 1975) — uma outra adaptação da mesma novela que inspirou Bonello, esta mais próxima da estrutura original do texto. Rodadas praticamente em simultâneo e com conhecimento do outro projecto, são obras muito diferentes que partilham, contudo, uma mesma certeza, de que Henry James (1843-1916), um dos maiores escritores em língua inglesa, tem muito a dizer sobre os nossos dias.
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