Foram realizadas as diligências técnicas para realizar a retirada da bandeira portuguesa do navio cargueiro Kathrinque transporta material explosivo para fabricantes de armas da Polônia, Eslováquia e Israel, segundo uma fonte do Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou à Renascença.
Ó Catarina, de propriedade alemã, estava até esta terça-feira registado na Madeira. Segundo a mesma fonte, “o registo do navio foi definitivamente cancelado”, o que possibilitou a retirada da bandeira portuguesa.
A presença da bandeira portuguesa no navio havia despertado críticas de partidos, nomeadamente do Bloco de Esquerda, que chegou a pedir a oitiva do ministro Paulo Rangel na comissão parlamentar de Relações Exteriores.
Mariana Mortágua, a líder bloquista, acusou Rangel de ser “o barqueiro das bombas que estão a fazer o genocídio em Gaza” e de ocultar informação sobre o navio. O partido chegou a reunir três mil assinaturas a exigir a retirada da bandeira ao navio.
O mesmo ministro, em entrevista à Hora da Verdade, do PÚBLICO e da Renascença, admitiu que o cargueiro transportava explosivos para o fabrico de armas em Israel e garantiu que o Governo teria questionado o armador do navio.