O exército israelita anunciou esta terça-feira ter recuperado os corpos de seis reféns mortos na Faixa de Gaza, numa operação conjunta com os serviços secretos internos.
Os corpos são os de Alex Dancyg, Chaim Peri, Yagev Buchshtab, Yoram Metzger e Nadav Popplewell, todos já anunciados como mortos pelo exército nos últimos meses, e Avraham Munder, cuja morte foi anunciada, entretanto, pelo kibutz (comunidade agrícola colectiva) Nir Oz.
Um antigo refém disse à agência de notícias France-Presse que os seis homens estavam detidos juntos num túnel, depois de terem sido raptados pelo Hamas a 7 de Outubro.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de Outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de pessoas foram levadas como reféns, disseram as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Entretanto, na Cisjordânia ocupada, um palestiniano de 18 anos morreu na noite de segunda-feira no hospital depois de ter sido baleado na cabeça pelo exército israelita na cidade de Dura, a sul de Hebron, anunciou o Ministério da Saúde palestiniano.
A Cisjordânia ocupada está a viver a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e este ano pelo menos 293 palestinianos foram mortos por fogo israelita, na maioria milicianos, de acordo com a contagem da agência de notícias EFE. O ano passado foi o mais mortífero em duas décadas, com mais de 520 mortos.
O exército israelita intensificou as frequentes incursões na Cisjordânia, depois do ataque do Hamas de 7 de Outubro e, desde então, cerca de 636 palestinianos foram mortos por tropas e uma dúzia por colonos.
Do lado israelita, 22 pessoas foram mortas este ano: 11 militares e 11 civis, seis dos quais colonos.