Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, 46% das mulheres da geração Z no mundo enfrentam impactos significativos na sua rotina devido a impaciência
20 fora
2024
– 06h23
(atualizado às 07h24)
O Brasil é o quarto país mais estressado do mundo, conforme aponta o relatório “Dia Mundial da Saúde Mental 2024”divulgado pelo Instituto Ipsos. Este dado reflete uma crescente preocupação entre a população brasileira sobre a saúde mental, com 77% dos brasileiros reconhecendo a importância de cuidar desta área de suas vidas.
A relevância desta questão para os brasileiros subiu acentuadamente nos últimos anos, especialmente durante e após a pandemia de Covid-19, quando os desafios mentais se tornaram mais evidentes e discutidos no país.
A crescente importância da saúde mental
De acordo com a pesquisa conduzida pelo Ipsos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando entre os brasileiros nos últimos anos. Em 2018, apenas 18% dos entrevistados identificaram a saúde mental como o principal problema de saúde no Brasil. Em 2024, esse número cresceu para 54%. Este crescimento contínuo indica uma conscientização crescente e uma demanda por mais recursos e atenção à saúde mental no país.
O estudo entrevistou 23.274 adultos, entre 18 e 74 anos, de 31 países diferentes. As entrevistas foram realizadas online entre 21 de julho e 4 de agosto de 2023, abrangendo diversas regiões do mundo, incluindo a Europa, Américas, Ásia e África do Sul. Este cenário global permite uma visão comparativa sobre como o estresse e a saúde mental são percebidos em diferentes culturas e economias.
O cenário global do estresse: Brasil em destaque
No cenário global, 62% da população entrevistada relatou ter experimentado níveis de estresse que impactaram sua vida diária pelo menos uma vez. Este dado mostra que a saúde mental é uma preocupação mundial, com países como Chile, Suécia e Austrália liderando a lista de preocupação, enquanto Brasil ocupa a nona posição.
A pesquisa destaca diferenças importantes entre gerações e gêneros. Por exemplo, mulheres da geração Z enfrentam impactos significativos do estresse em suas rotinas diárias, mais do que os homens da mesma geração. Este padrão pode refletir a pressão social e emocional diferente que as mulheres experimentam em comparação com os homens.
Impacto do estresse nas diferentes gerações
O estudo mostrou que a geração Millennial também sente o peso do estresse, com 37% relatando impactos na vida cotidiana e 22% afirmando que o estresse afetou suas capacidades de trabalho. A geração X apresentou percentuais ligeiramente menores, enquanto a geração Baby Boomer relatou os níveis mais baixos de estresse, sugerindo uma maior resiliência ou diferentes expectativas em relação à vida cotidiana e ao trabalho.