Se até algumas semanas atrás me perguntassem se seria possível que um dia eu usasse as palavras e esse espaço para, de alguma forma, defender Ricardo Salgado, minha resposta imediata teria sido um sonoro e convicto não. Mas tudo o que tenho ouvido e lido ao longo da última semana fez com que eu começasse a sentir, ainda que a contragosto, uma necessidade imensa de fazê-lo. Não porque eu acredite que Ricardo Salgado não deva prestar contas à justiça, mas porque devo isso às centenas de idosos com Alzheimer ou outras formas de demência de quem cuidei nos últimos 15 anos.
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