O governo russo está se manifestando contra o aparente uso de pagers explosivos para atingir simultaneamente milhares de indivíduos ligados a um grupo terrorista no Líbano.
Mais de 3.000 membros do grupo terrorista Hezbollah, apoiado pelo Irã, foram mortos na terça-feira após uma detonação quase simultânea dos pagers da organização em todo o Líbano, matando pelo menos 12.
“O que aconteceu, seja o que for, certamente está levando a uma escalada de tensões”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à imprensa, de acordo com traduções da Agence France-Presse.
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“A região em si está em uma situação explosiva”, ele acrescentou. “E cada incidente como esse tem o potencial de ser um gatilho.”
Os pagers começaram a esquentar e explodir por volta das 15h30 de terça-feira. As explosões se concentraram em áreas onde o Hezbollah tem uma forte presença, particularmente em um subúrbio ao sul de Beirute e na região de Beqaa, no leste do Líbano, e em Damasco, disseram autoridades de segurança libanesas e uma autoridade do Hezbollah à Associated Press.
A Rússia mantém uma aliança estratégica com o Irã, que apoia o Hezbollah como um combatente indireto contra Israel.
“Condenamos veementemente o ataque sem precedentes ao Líbano amigo e seus cidadãos, que constitui uma violação flagrante de sua soberania e um sério desafio ao direito internacional por meio do uso de armas não convencionais”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, de acordo com a Agence France-Presse.
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Ela acrescentou: “Em meio à crescente tensão ao longo da fronteira entre Líbano e Israel, tais ações irresponsáveis estão repletas de consequências extremamente perigosas, pois provocam uma nova rodada de escalada.
Uma alta autoridade dos EUA confirmou à Fox News que Israel estava por trás das explosões, já que novas explosões estão sendo relatadas em Beirute.
O ministro da Saúde do Líbano, Firas Abiad, disse aos repórteres na manhã de quarta-feira que muitos dos feridos tinham ferimentos graves nos olhos e outros tiveram membros amputados.
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O presidente iraniano Masoud Pezeshkian afirmou a intenção de seu país de reforçar a cooperação com a Rússia nos próximos meses.
“Meu governo seguirá seriamente a cooperação e as medidas em andamento para melhorar o nível das relações entre os dois países”, disse Pezeshkian ao secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, na terça-feira.
Ele continuou, “As relações entre Teerã e Moscou se desenvolverão de forma permanente, contínua e duradoura. Aprofundar e fortalecer as relações e a cooperação entre o Irã e a Rússia reduzirá o impacto das sanções.”
Stephen Sorace e Greg Norman, da Fox News Digital, contribuíram para esta reportagem.