TAP recupera das perdas e fecha semestre com lucro de 400 mil euros


A TAP recuperou dos prejuízos registados no início deste ano e alcançou lucros superiores a 72 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, que lhe permitiram reportar um resultado líquido positivo, ainda que reduzido, de 400 mil euros, no conjunto do primeiro semestre.

Os resultados foram divulgados, nesta quinta-feira, em comunicado emitido pela empresa. No segundo trimestre, mostra o documento, a TAP obteve um resultado líquido de 72,2 milhões de euros, depois dos prejuízos de 71,9 milhões que tinha reportado no primeiro trimestre do ano. Assim, no primeiro semestre, regista lucros de 400 mil euros, que representam uma queda superior a 98% em relação a igual período do ano passado.

A justificar este desempenho esteve o crescimento das receitas, com o aumento do número de passageiros transportados e da taxa de ocupação. No primeiro semestre, a TAP transportou mais de 7,5 milhões de passageiros, uma subida de 1,6% face a igual período do ano passado, enquanto a taxa de ocupação se fixou em 81,5% no conjunto dos seis primeiros meses do ano, um subida de quase um ponto percentual face ao que era registado há um ano.

Apesar do crescimento, os números continuam aquém daqueles que se verificavam antes da pandemia. O número de passageiros representou o equivalente a 97% daqueles que eram contabilizados em 2019, indica a TAP.

Seja como for, o crescimento foi suficiente para que as receitas operacionais aumentassem em 3,3% no primeiro semestre, totalizando 1968 milhões de euros. Este montante fica, também, 35,9% acima daquele que se registava em 2019.

Em sentido contrário, os custos operacionais penalizaram as contas da empresa, ao aumentarem em 3,3% para um total de 1857 milhões de euros. A explicar este agravamento estiveram, sobretudo, os custos com pessoal, que aumentaram em 35% no primeiro semestre, para 380 milhões de euros, um movimento motivado pelos novos acordos que a TAP alcançou com os trabalhadores, bem como pelo fim de cortes salariais que estavam em vigor até ao ano passado.

Em comunicado, o presidente executivo da empresa, Luís Rodrigues, sublinha, precisamente, que os resultados agora apresentados foram conseguidos já com um aumento dos custos salariais. “O forte desempenho no segundo trimestre permite um resultado líquido positivo no semestre, que, apesar de reduzido, é atingido pela segunda vez consecutiva, mas, agora, sem cortes salariais”, afirma.

Por outro lado, a empresa aumentou a liquidez em caixa em quase 50%, para 1175 milhões de euros, e reduziu a dívida líquida em mais de 59%, para 266 milhões de euros no final do primeiro semestre.

Para o segundo semestre, a TAP antecipa novos resultados positivos, numa altura em que as reservas estão “em linha com o ano anterior, ainda que com alguma pressão sobre as Rendimentos [rendimento]”. O reforço da aposta no mercado brasileiro, com a abertura de duas novas rotas (para Florianópolis e Manaus), também poderá trazer um aumento de tráfego para a companhia aérea.



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