O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky falou este sábado pela primeira vez da incursão ucraniana na Rússia iniciada na passada terça-feira, num vídeo publicado na rede social X, em que também disse que o país está a “aplicar a pressão necessária” sobre o “agressor”. Também este sábado, a Rússia efectuou um novo ataque aéreo sobre a capital ucraniana de Kiev.
“Hoje recebi vários relatórios do Comandante-Chefe Syrskyi sobre as linhas da frente, as nossas acções e o impulso para levar a guerra para o território do agressor”, afirmou Zelensky no vídeo, referindo-se à Rússia, onde as forças ucranianas irromperam na região de Kursk, perto da fronteira com a região ucraniana de Kharkiv.
“Agradeço a todas as unidades das nossas Forças de Defesa que estão a tornar isto possível. A Ucrânia está a provar que sabe verdadeiramente como restabelecer a justiça e aplicar a pressão necessária sobre o agressor”, acrescentou o Presidente ucraniano.
Hoje, recebi vários relatórios do Comandante-em-Chefe Syrskyi sobre as linhas de frente, nossas ações e o impulso para levar a guerra ao território do agressor. Agradeço a cada unidade de nossas Forças de Defesa que está tornando isso possível. A Ucrânia está provando que realmente sabe como… foto.twitter.com/qY81u1ahCl
– Volodymyr Zelenskyy / ????????? ????????? (@ZelenskyyUa) 10 de agosto de 2024
Ainda este sábado, segundo a agência Reuters, a Rússia efectuou um ataque aéreo sob a capital ucraniana de Kiev, levando a que soassem as sirenes de alarme de bomba na cidade.
Segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, os sistemas de defesa aéreo estiveram envolvidos a repelir os ataques aéreos.
“Unidades de defesa aérea a operar, alerta de ataque aéreo continua”, escreveu Klitschko no seu canal da plataforma de mensagens Telegram.
A incursão iniciada pela terça levou a um avanço de cerca de 20 quilómetros por parte das forças ucranianas, segundo o jornal inglês O Guardião.
O Kremlin afirmou entretanto que tinha parado o avanço das forças ucranianas dentro do seu território. Porém, segundo o correspondente-chefe do Jornal de Wall Street, Yaroslav Trofimov, as forças ucranianas continuavam a avançar a leste da cidade de Sudzha, a 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.