As travessias irregulares detectadas para a União Europeia caíram 42 por cento nos primeiros nove meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado, disse a agência de fronteiras da UE, Frontex, na terça-feira.
A Frontex divulgou as suas últimas estatísticas pouco antes de uma cimeira dos líderes do bloco em Bruxelas, no final desta semana, onde a imigração está entre os tópicos de destaque na agenda.
O número de travessias detectadas para a UE “caiu 42%, para 166 mil, nos primeiros nove meses deste ano”, disse a Frontex.
Afirmou que as maiores quedas ocorreram ao longo das rotas através dos Balcãs Ocidentais e do Mediterrâneo Central.
Quase 17 mil candidatos a requerentes de asilo entraram nos 27 membros da UE através dos Balcãs Ocidentais, uma queda de 79 por cento. Cerca de 47.700 entraram através do Mediterrâneo Central, uma queda de 64 por cento.
Em contrapartida, a Frontex afirmou que as travessias através da rota da África Ocidental duplicaram, atingindo mais de 30.600 nos primeiros nove meses do ano.
O maior aumento foi registado nas fronteiras terrestres orientais da UE, incluindo a Polónia. Quase 13.200 travessias foram detectadas, um aumento de 192% em relação a janeiro-setembro de 2023.
A Polónia e o seu vizinho da Europa Central, a República Checa, apelaram na semana passada a restrições da UE que sejam mais duras do que as do novo pacto do bloco sobre migração e asilo, que deverá entrar em vigor em 2026.
As regras, adotadas em maio, visam partilhar a responsabilidade de acolher os requerentes de asilo nos 27 países da UE e acelerar a deportação de pessoas consideradas inelegíveis para permanecer.