Marileidy Paulino se torna a primeira atleta feminina da República Dominicana a ganhar o ouro olímpico.
Marileidy Paulino, medalhista de prata em Tóquio há três anos, foi ainda melhor nos 400m femininos nas Olimpíadas de Paris 2024, estabelecendo um recorde olímpico de 48,17, tornando-se a primeira mulher da República Dominicana a ganhar uma medalha de ouro em qualquer esporte nos Jogos.
O elemento histórico da corrida foi agravado pelo fato de que esta foi a primeira vez em uma corrida de 400m feminina que as três primeiras terminaram em menos de 49 segundos, com a campeã mundial de 2019 do Bahrein, Salwa Eid Naser, ficando com a prata em 48,53 e a campeã europeia da Polônia, Natalia Kaczmarek, ganhando o bronze em 48,98. Foi também a primeira corrida de 400m feminina em que todas as oito competidoras superaram os 50 segundos.
A atleta de 27 anos de Nizao, Peravia, que conseguiu um desempenho semelhante ao ganhar o ouro mundial no ano passado, superou a marca de 48,25 estabelecida pela atleta olímpica francesa de atletismo mais bem-sucedida, Marie-Jose Perec, nos Jogos de Atlanta de 1996, após uma performance dominante.
As grandes esperanças da Irlanda de uma medalha para Rhasidat Adeleke, de 21 anos, medalhista de prata europeia e campeã da NCAA de 2023, acabaram frustradas quando ela chegou em quarto lugar com 49,28, depois de se esforçar para desafiar Kaczmarek nos últimos 50 metros.
Foi a mesma posição que Adeleke – que treina com o campeão olímpico dos 100m Julien Alfred sob a orientação de Edrick Floreal na Universidade do Texas – alcançou no Campeonato Mundial do ano passado em Budapeste.
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Amber Anning, que teve um papel importante na conquista do bronze misto 4x400m para a Grã-Bretanha na noite de domingo, estava se aproximando rapidamente da corredora irlandesa, mas cruzou uma fração atrás dela em um recorde nacional de 49,29. Atrás dela, Alexis Holmes, que ancorou os EUA no ouro misto 4x400m no Campeonato Mundial do ano passado em Budapeste, também estabeleceu um recorde pessoal, marcando 49,77.
Sada Williams de Barbados, a dupla medalhista de bronze mundial e campeã da Commonwealth, ficou em sétimo lugar com 49,83, com a norueguesa Henriette Jaeger marcando 49,96 em oitavo lugar. Em uma pista brilhando após a chuva recente, Paulino, na raia seis, permaneceu composta enquanto Naser assumiu a corrida inicial duas raias atrás dela.
Quando o grupo chegou à reta final, Marileidy Paulino mantinha a liderança, que se estendeu até a linha de chegada, cruzando bem à frente das que vinham atrás dela.
“É a única medalha que faltava para eu completar o ciclo olímpico”, disse Marileidy Paulino. “Sou muito grata a Deus, por mim, pelo meu trabalho. Tenho trabalhado muito duro para atingir esse objetivo. Estou muito feliz, ainda não consigo acreditar que isso aconteceu. Era ir para o recorde mundial ou o recorde olímpico, e graças a Deus, eu alcancei o recorde olímpico.”
‘Quero dedicar esta medalha ao meu time, ao meu treinador, à minha família, ao povo dominicano que está me assistindo e torcendo por mim.’
Questionada sobre sua motivação, ela respondeu: ‘Não venho competir pelo dinheiro, mas porque amo o atletismo, para ajudar a motivar as gerações mais jovens e porque essas conquistas também são portas que estão sendo abertas para as futuras gerações do povo dominicano. Quero continuar focando no próximo Campeonato Mundial. Ainda não terminei. Depois dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, tenho outras competições e meus estudos também.’
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